A Estrada da Graciosa, como é conhecida a Rodovia PR-410, é uma estrada pertencente ao governo do Paraná que utiliza a antiga rota dos tropeiros em direção ao litoral do Estado, interligando Curitiba às cidades de Antonina e Morretes.
A estrada atravessa o trecho mais preservado de Mata Atlântica do Brasil, marcado pela mata tropical e pelos belos riachos que nascem na Serra do Mar. Por isso, em 1993, parte do trecho da Serra foi declarada pela UNESCO como Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. Na região, existem dois importantes parques estaduais: o Parque Estadual da Graciosa e o Parque Estadual Roberto Ribas Lange.
Recantos
Ao longo da rodovia, são mantidos 7 recantos, contendo estruturas de lazer (churrasqueiras, sanitários, mirantes) que facilitam o acesso dos visitantes que querem conhecer as belezas da Serra do Mar paranaense:
Vista Lacerda
Rio Cascata
Grota Funda
Bela Vista
Curva da Ferradura
Mãe Catira
São João da Graciosa
Na localidade de São João da Graciosa, em Morretes, há uma bifurcação: a PR-411 conduz através da localidade de Porto de Cima até o centro de Morretes, enquanto a PR-410 segue em seu quarto trecho até um ponto distante 6 Km de Morretes, já na PR-408, que conduz à cidade de Antonina. Para quem se dirige a Morretes, a PR-411 é o trecho mais curto a partir de São João da Graciosa, enquanto a PR-410 é o caminho mais rápido para quem deseja ir à Antonina sem passar por Morretes.
A Rodovia PR-410 possui uma extensão total de aproximadamente 30 km, divididos em 4 trechos:
Entroncamento BR-116 (Quatro Barras) Início do pavimento poliédrico(paralelepípedo) 9 km Pavimentado.
Início do pavimento poliédrico Final do pavimento poliédrico 7,6 km Pavimentado.
Final do pavimento poliédrico Entroncamento PR-411 (São João da Graciosa) 3 km Pavimentado
Entroncamento PR-411 (São João da Graciosa) Entroncamento PR-408 10,4 km Pavimentado
Comida Típica da região - Barreado
Disputa-se em Morretes não apenas um lugar nos restaurantes para comer o barreado, mas sobretudo a paternidade e a posse da sua origem têm causado acirradas versões entre Morretes, Antonina e Paranaguá.
Alguns dizem que o barreado incorporou-se à alimentação do caboclo, através do " entrudo", o precursor português do nosso carnaval. Depois da folia, o barreado era servido para "forrar" o estômago.
Outros dizem que o barreado incorporou-se à culinária cabocla através dos tropeiros que subiam e desciam o litoral pelos caminhos das serras e que no final da tarde, quando acampavam para o pernoite, faziam em seguida uma densa refeição ao cair da noite. Alguns explicam que o louro é utilizado como tempero em função das suas propriedades digestivas, já que o barreado é um prato "pesado". Afirma-se também que no passado, o barreado, era levado a um braseiro deveria permanecer por 24 horas no fogo , até " ficar no ponto".
De um jeito ou de outro, todos concordam que a cachaça sempre acompanhou e deve continuar acompanhando o barreado. Símbolo de fartura, de festa e alegria, o nome do prato vem da expressão "barrear a panela", isto é; vedar com pirão de farinha de mandioca e cinza para não se perder a fervura, outros dizem que a origem do termo está ligada ao utensílio de barro utilizado para fazer o cozido.
Hoje, o barreado ultrapassou as fronteiras culturais e a disputa entre Morretes, Antonina e Paranaguá, para se tornar o único mais típico prato do litoral paranaense. Os antoninenses que possuem a mais forte tradição carnavalesca do Paraná, tendem a associar o Barreado ao "Entrudo". Já os morretenses tendem à aproximar a origem do barreado com sua cidade, dizendo que os tropeiros, durante o ciclo da erva doce, traziam do planalto, quando desciam o caminho da Graciosa, um cozido bem temperado que durava muitos dias sem que se deteriorasse. Tempo utilizado pelos tropeiros, até que alcançassem o Porto de Cima.