sexta-feira, 13 de maio de 2016

CHAPADA DIAMANTINA - BA - ECOTURISMO

               


               A Chapada Diamantina é uma região de serras, protegida pelo Parque Nacional da Chapada Diamantina, situada no centro do estado brasileiro da Bahia, onde nascem quase todos os rios das bacias do Paraguaçu, do Jacuípe e do Rio de Contas. Essas correntes de águas brotam nos cumes e deslizam pelo relevo em belos regatos, despencam em borbulhantes cachoeiras e formam transparentes piscinas naturais. O parque nacional é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.
                A vegetação é exuberante, composta de espécies da caatinga semiárida e da flora serrana, com destaque para as bromélias, orquídeas e sempre-vivas.
               A Chapada Diamantina reúne variados atrativos naturais e culturais, no coração do Estado da Bahia. Roteiro certo para quem busca paz e tranquilidade ou para quem está atrás de história e aventura. A vasta Mata Atlântica, campos floridos e planícies de um verde sem fim dividem a paisagem com toques de caatinga e cerrado. Imensos paredões, desfiladeiros, cânions, grutas, cavernas, rios e cachoeiras completam o cenário de rara beleza da Chapada Diamantina. 
             Inicialmente habitada pelos índios Maracás, a ocupação de fato da região remonta aos anos áureos da exploração de jazidas e minérios, a partir de 1710, quando foi encontrado ouro próximo ao Rio de Contas Pequeno, marcando o início da chegada dos bandeirantes e exploradores. Em 1844, a colonização é impulsionada pela descoberta de diamantes valiosos nos arredores do Rio Mucugê, e os comerciantes, colonos, jesuítas e estrangeiros se espalham pelas vilas, controladas e reguladas pela força da riqueza. 
             A atividade agropecuária tomba diante da opulência do garimpo. Reduto de belezas naturais, a Chapada abarca uma diversidade grande de fauna e flora. São mais de 50 tipos de orquídeas, bromélias e trepadeiras, além de espécies animais raras, como o tamanduá-bandeira, tatu-canastra, porco-espinho, gatos selvagens, capivaras e inúmeros tipos de pássaros e cobras. O Parque Nacional da Chapada Diamantina, criado na década de 80 do séc. XX atua como órgão protetor de toda essa exuberância.
  •               ROTEIROS
POÇO ENCANTADO


              Localizado no município de Itaetê, a luz do sol, que atravessa o poço, revela águas de um azul indescritível e rochas a 40 m de profundidade. A luz azul refletida pelos vários minerais presentes na água, principalmente o magnésio, cria um espetáculo único dentro da caverna com o poço transparente, cujo fundo pode ser visto. Entre os meses de abril e setembro o fenômeno fica ainda mais interessante: o alinhamento da fenda com o sol faz com que os raios de luz atinjam o fundo do poço e se reflitam no teto da caverna. 
Partindo do Portal Lençóis à 100 km - Trilha Leve


Morro do Pai Inácio
              Do alto deste mirante natural tem-se uma visão privilegiada da paisagem de toda a região. São 22 km ligando Lençóis ao início da trilha, pela BR-242. Do seu pico, que fica a 1.150 m acima do nível do mar, avista-se a Serra do Sincorá, a Serra da Bacia e a Serra da Chapadinha. A visão do visitante abrange os 360 graus da paisagem, que se torna ainda mais encantadora ao sol poente. O perfil das serras verde-azuladas  confunde-se com as nuvens douradas; o vento é muito frio e é completa a sensação de se estar no topo do mundo. O nome do morro deve-se a uma lenda existente na região. Segundo ela, um escravo, Inácio, apaixonou-se pela esposa de um poderoso coronel. Quando um dia ele descobriu o romance, mandou pistoleiros no seu encalço. Inácio foi encurralado no alto dessa montanha e, não tendo como escapar, saltou com a sombrinha da amada. Conta-se que muitos conseguiram ver Pai Inácio correndo entre os vales para nunca mais voltar.
Morro do Camelo
             Com o cume a 1 090 metros acima do nível do mar e uma altura de 170 metros a partir da base, o Morro do Camelo ficou famoso por ter sido cenário de abertura da novela Pedra sobre Pedra, exibida com sucesso pela Rede Globo de Televisão. Suas formas permitem duas interpretações aos observadores: visto da BR-242, em direção a Seabra, o gigante rochoso justifica seu nome, lembrando, de fato, um camelo. Observado-o a partir do seu vizinho não menos famoso, o Morro do Pai Inácio, a disposição das suas rochas faz referência ao busto de uma mulher deitada, com o rosto virado para o lado oposto ao de quem a observa.



Gruta da Pratinha e Gruta Azul
      
            A gruta da Pratinha fica localizada na fazenda que recebe este mesmo nome perto do município de Iraquara, local famoso da Chapada Diamantina por abrigar belas cavernas. A Pratinha tem as águas mais claras do mundo e fica escondida sob as raízes aéreas de uma árvore da fazenda.

              A Gruta da Pratinha está ligada ao Rio Pratinha que tem uma tonalidade exuberante. A grande concentração de calcário no fundo do rio torna a água com uma mistura de cores entre verde, azul e prata. A piscina natural da Gruta da Pratinha é perfeita para mergulhar e o visitante recebe máscara de mergulho ao entrar na caverna. A beleza da cor da água da piscina natural contrata com a escuridão da caverna. A Gruta da Pratinha está ligada a Gruta Azul.

COMO CHEGAR
               Saindo de Salvador em carro próprio, pega-se a BR-324 (109 Km até Feira de Santana), depois a BR-116 (mais 72 Km até Paraguaçú) e a BR-242 (mais 219 Km até a entrada da cidade de Lençóis, que fica 12 Km adiante). 

http://bahia.com.br/destinos/chapada-diamantina/